Qualidades do Aço para Carroceria Automotiva: Como o AHSS e o UHSS Melhoram a Segurança em Colisões e a Economia de Combustível
1. Compreendendo as Qualidades do Aço para Carroceria Automotiva
- Aço macio : O aço básico para carroceria automotiva, com baixa resistência (270–350 MPa de resistência à tração), mas alta flexibilidade. É barato e fácil de moldar, sendo usado em partes não críticas, como painéis da carroceria ou tampas do porta-malas. Porém, é pesado e oferece proteção limitada em colisões.
- Aço de Alta Resistência (HSS) : Mais forte do que o aço suave (350–600 MPa) e um pouco mais leve. É usado em partes que exigem maior durabilidade, como molduras de portas ou pisos. O HSS oferece um equilíbrio entre custo e desempenho, mas não é suficientemente forte para componentes críticos de segurança.
- Aço Avançado de Alta Resistência (AHSS) : Uma família de aços com resistência entre 600–1.300 MPa. O que torna o AHSS especial é a combinação de resistência e ductilidade (capacidade de dobrar sem quebrar). Essa flexibilidade permite que ele absorva energia durante acidentes.
- Aço de Ultra-Alta Resistência (UHSS) : O aço para carroceria automotiva mais forte, com resistência à tração superior a 1.300 MPa. É rígido e leve, projetado para proteger a cabine de passageiros em colisões graves.
2. Como o AHSS melhora a segurança em colisões
- Absorção de Energia : Durante uma colisão, o AHSS dobra e se deforma (um processo chamado de "deformação plástica") para absorver a energia. Por exemplo, o pára-choque dianteiro e as zonas de amassamento (partes do carro projetadas para colapsar) são frequentemente feitas de AHSS. Quando o carro atinge um objeto, essas zonas amassam, reduzindo o impacto e diminuindo a força sobre os passageiros.
- Deformação controlada : Ao contrário do aço macio, que pode rasgar ou quebrar sob tensão, o AHSS deforma de maneira previsível. Isso garante que as zonas de deformação funcionem conforme projetado, enquanto a cabine dos passageiros (fabricada com graus mais resistentes de AHSS) permanece intacta. Testes mostram que carros com AHSS em áreas estratégicas reduzem os riscos de ferimentos em 20–30% em colisões frontais.
- Proteção contra impactos laterais : Colisões laterais deixam menos espaço para absorver energia, por isso painéis de portas e pilares B (os suportes verticais entre as portas dianteiras e traseiras) precisam ser resistentes. O AHSS nessa região resiste à flexão, evitando que o carro colapse para dentro. Um estudo do Instituto de Segurança Rodoviária (IIHS) revelou que o AHSS nas estruturas laterais reduz ferimentos graves em 45%.

3. UHSS: O escudo contra colisões severas
- Integridade da cabine dos passageiros : O chassis ao redor do motorista e passageiros (piso, teto e pilares) utiliza UHSS para resistir à compressão. Em acidentes de capotamento, tetos reforçados com UHSS conseguem suportar 5–6 vezes o peso do carro, evitando o colapso. Isso reduz o risco de ferimentos na cabeça e pescoço em 50% em comparação com aço macio.
- Zonas de alto impacto : Peças como o subchassi dianteiro (que sustenta o motor) ou barras de colisão traseiras utilizam UHSS para suportar impactos severos. Em uma colisão em alta velocidade, o UHSS não entorta ou quebra facilmente, impedindo que componentes pesados (como o motor) invadam a cabine.
- Compatibilidade com os recursos de segurança : O UHSS trabalha em conjunto com os airbags e cintos de segurança. Ao manter a cabine estável, garante que os airbags sejam acionados corretamente e que os cintos mantenham os passageiros em suas posições — maximizando a eficácia dessas ferramentas de segurança.
4. Como AHSS e UHSS melhoram o consumo de combustível
- Design leve aHSS e UHSS são mais resistentes do que o aço macio, então os fabricantes podem utilizar chapas mais finas (por exemplo, 0,8 mm em vez de 1,2 mm) para fabricar peças. Isso reduz o peso total do carro em 10–15%. Uma redução de 10% no peso melhora a economia de combustível em 5–7%, poupando dinheiro aos motoristas na bomba. Para veículos elétricos, a mesma redução de peso aumenta a autonomia em 8–10%.
- Redução no uso de materiais como os aços AHSS e UHSS são mais resistentes, são necessários menos materiais. Por exemplo, uma tampa do motor fabricada com AHSS utiliza 30% menos aço do que uma tampa feita de aço macio, mas é igualmente resistente. Isso não apenas reduz o peso, como também diminui os custos de produção ao longo do tempo.
- Eficiência em todas as condições de condução carros mais leves necessitam de menos potência para acelerar e frear, reduzindo o desgaste dos motores e das baterias. Ao longo da vida útil de um carro, isso se traduz em custos de manutenção mais baixos e menor impacto ambiental.
5. Onde AHSS e UHSS são utilizados nos corpos dos carros
- Localizações do AHSS : Zonas de amassamento (frente e traseira), painéis das portas e travessas do teto. Sua flexibilidade o torna ideal para absorção de energia.
- Localizações do UHSS : Colunas B, suportes do teto e parede de separação (que separa o motor da cabine). Sua rigidez protege a área dos passageiros.
- Designs Mistos : A maioria dos carros utiliza uma abordagem "multimaterial". Por exemplo, um sedã pode ter uma zona de amassamento frontal em AHSS, colunas B em UHSS e aço macio para partes não críticas como para-lamas, equilibrando segurança, custo e peso.